Novas tendências de gestão na saúde
Lá vão eles
Eles que somos nós marchando às pressas, empurrando…
Nadando num mar de ansiedades muitas vezes sem uma triste bússola.
Sem tempo para sorrir… sem tempo para amar…
Apenas tempo para correr
Escravos de outros escravos acorrentados por algemas psíquicas
Mais escravos que os escravos dos navios negreiros.
Fiéis vassalos de uma nova ordem que só tem uma ordem
Correr.
Correr atrás de uma recompensa pré-fabricada
Sem tempo para pensar sem tempo para se situar
Neste universo de universos infinitos … Um homem só,
sem tempo para parar, só tempo para correr
Um homem só, a correr, a correr, a correr
Entre as montanhas de concreto da cidade, megametrópoles…
Ande, pare, faça, consuma… Ande, pare.
Não há mais tempo para sonhar, não há mais tempo para dormir
E nos sonhos… a ansiedade matar
Apenas sinais, sinais, sinais.
Ande… pare… Volkswagen… Coca-cola, www
Anda robô, anda robô
Entre a cultura massificada e rotulada, AFINAL….
Tu és feliz, tu és feliz, CLARO…tu és feliz.
Tu vives na era tecnológica mas não tens tempo para sorrir
Não tens tempo para chorar
Lembra..Apenas tempo para correr.
Fazer parte da coisificação humana
Numa natureza que se transformou
Num amontoado de alavancas, pregos e parafusos
Onde não há mais lugar para a flor
E passaram-se mil, cinco mil, trinta mil anos.
Um dia… um homem ainda ser humano, sereno, tranquilo
Leu sobre os séculos vinte e vinte e um e não acreditou que aquilo existiu
Acariciou a flor que estava ao seu lado
Que tinha o mesmo perfume de sempre
Beijou-a ternuramente…e apenas sorriu.
Simon Goldmann
As organizações de trabalho têm passado por transformações profundas nas últimas décadas, paralelamente a mudanças políticas, sociais e econômicas mais amplas. Desde a globalização, passando pelos avanços tecnólogicos e culminando com os novos anseios dos usuários, fazem com que as organizações hospitalares sejam levadas a novas posturas, novos estilos e novos modelos de desenvolvimento e crescimento.
Prismas e abordagens puramente mecanicistas, herméticos, estão dando lugar a situações mais dinâmicas, mas contingenciais e abertas.
Posturas decorrentes de filosofias fechadas sobre si passam a dar lugar a novos posicionamentes, onde haja o comprometimento do hospital com a comunidade assistida, num processo de reciprocidade que permita o entendimento com essa comunidade.
Dentro dessa premissa de alto grau de envolvimento do hospital com a sociedade, necessariamente este hospital deverá estar aparelhado e preparado para oferecer esse nível de satisfação à clientela. Seguramente, somente com o desenvolvimento e o emprego de técnicas adequadas e eficázes é que se pode alcançar esse grau de maturidade e responsabilidade social.
Mesmo tendo o hospital um diferencial de outras organizações, inclusive daquelas que prestam serviços, uma vez que o hospital é composto com ingrediente emotivo-afetivo, isso não ameniza sua condição de empresa sujeita a todos os riscos do ambiente, incluindo incertezas e as próprias oportunidades.
Com isso é fundamental que, cada hospital, dentro de suas características e estruturas, precise buscar em sua gestão, instrumentos que acompanhem essas transformações profundas. Todas aquelas transformações que pareciam coisas só de multinacionais, tais como, Teoria Z, A Terceira Onda, Total Quality Control, Cinco Ss, Adminitração por Objetivos, Planejamento Estratégico, Diretrizes e Indicadores, passam a bater à nossa porta sem perguntar se somos o “hospital humildezinho” ou super empresa e nos dizem categoricamente: é hora de mudar, é hora de se organizar e hora de andar.
Tudo de acordo. Mas vamos fazer… ou ao menos mentalizar, um paralelo.
Retornemos 10 anos e coloquemos na mesa:
O QUE NOSSOS HOSPITAIS MELHORARAM ( em todos os sentidos), E O QUE MELHOROU O SISTEMA?
Provamos a todos quantos quizerem ver que:
– investimentos em pessoas,
– investimentos em sistemas
– melhoramos processos
– implantamos protocolos
– até atrevemo-nos a ionvestir, com ou sem ajuda governamental.
Ou estou mentindo?
Então, o chapéu fabricado por pseudos-conhecedores com a marca “SUS NÃO É PROBLEMA DE DINHEIRO MAS DE GESTÃO, serve mais na cabeça de quem?
Na época da marola ou do tsunami da crise mundial… um empresário me perguntou como os hospitais estavam enfrentando aquela crise.
Respondi TRANQUILAMENTE:
Meu amigo, marola ou tsunami é o nosso dia-a-dia. Atipicidade para nós é bonansa, normalidade. Aliás, tomo a liberdade de lhe dizer que agora é a hora de vocês mostrarem se são bons administradores ou não.
Vocês estão presisando vender abaixo do preço ideal????, nós temos que vender todos os dias NÃO ABAIXO DO IDEAL, mas abaixo do custo, quer para o cliente público ou muitos da saúde complementar. Somos diariamente sobreviventes a marolas e tsunamis, e estamos aqui, VIVOS, e com raça para continuar.
Já estamos sendo acusados por colegas, por empresários… de que os culpados dos problemas da saúde somos nós, porque somos desorganizados, porque não temos qualidade de gestão.
Como foi dito no início, falo em nome da Federação Brasileira de Administradores Hospitalares e creio que também em nome todos os que compõem o segmento hospitalar: não estão mais dispostos a ouvir isso. DEFINITIVAMENTE.
O processo de gestão e de sua melhoria é como sistema informatizado:
NUNCA ESTÁ COMPLETO.
Mas posso assegurar que estamos fazendo próximos ao patamar do impossível, exigir-nos mais… É PEDIR-NOS O MILAGRE.
Vamos debater neste encontro AS NOVAS TENDÊNCIAS DA GESTÃO DA SAÚDE.
Desculpem os que pensam der maneira contrária, mas acho quase engraçado quando ouço:
O QUE VOCÊ QUER SER NO FUTURO ENQUANTO HOSPITAL?
Alguém me responde aqui o quer ser a SAÚDE SUPLEMENTAR?
Alguém sabe aqui o quer SER O SUS?
Só ontem à noite, por volta de 22:30, CINCO CANAIS DE TV, falavam sobre saúde, fontes financiadoras, o que fazer, uma Deputada do PCdB defendia a tributação de 0,5 a 1,8% sobre patrimônios superiores a 2 milhos de reais….E, que eu tenha visto, ninguém concluiu nada. Assim como não há nenhuma conclusão no govêrno e no congresso.
No dia 01 de setembro (publicado pela imprensa em no dia dois) a Presidente Dilma declara aos brasileiros de que:
“ O BRASIL TEM UM SISTEMA DE SAÚDE UNIVERSAL, GRATUITO E TEM QUE SER DE QUALIDADE. NENHUM PAÍS DO MUNDO RESOLVE EQUAÇÃO SEM INVESTIR MUITO EM SAÚDE. QUEM FALAR QUE RESOLVE ISSO SEM DINHEIRO É DEMAGOGO”.
Resta outra grande esperança:
Governador João Raimundo Colombo Secretário de Estado da Saúde Dr. Dalmo Claro de Oliveira e suas equipes.
Nós confiamos nos senhores.
No Governador, pela cofiança que nos inspira, baseada em seu passado, em sua moral, até pela impostação de voz meia típica do lageano, por vezes quase pachorrenta, mas que se percebe que a assinatura aposta nessa voz é feita com o fio de bigode, aliás, caneta suprema para assinatura de homens responsáveis.
Do Secretário, porque tem origem na área da saúde, pelo que já provou na área da saúde, com isso CREMOS no seu compromisso para com a saúde, e por isso EU CREIO não precisamos provar acerca das marolas e tsunamis diários.
O 33º Encontro Catarinense de Hospitais quer ser mais um passo na caminhada em busca da melhoria da gestão. Mais, as entidades promotoras deste evento envidarão o melhor de seus esforços no sentido de participar e caminhar junto com os que estiverem dispostos a essa caminhada, porém, é necessário que nessa comitiva façam parte nossos gestores dos três níveis de governo.
Senhor Governador,
Senhores Gestores Governamentais:
VAMOS JUNTOS NESSA?
Vilson Santin