A Associação de Hospitais de Santa Catarina (AHESC) por meio do Presidente Maurício Souto-Maior, e a Federação das Santas Casas, Hospitais e Entidades Filantrópicas de Santa Catarina (FEHOSC), através da Presidente Ir. Neusa L. Luiz, convidam seus associados a assistirem à Audiência Pública, nesta terça-feira (12/07), às 10h, promovida pela Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados, que irá discutir o desabastecimento de diversos medicamentos nas redes pública e privada de Saúde. O objetivo da Audiência é encontrar soluções que englobam ações urgentes da Câmara dos Deputados junto ao Ministério da Saúde e ANVISA, no sentido de encontrar uma solução quanto ao desabastecimento e sobrepreço de medicamentos.
O presidente da Associação Brasileira dos Centros de Diálise e Transplantes (ABCDT) e também Diretor Executivo da Associação Renal Vida, associada da AHESC, Tarcísio Steffen, está entre os convidados para participar da Audiência, assim como representantes do Ministério da Saúde, ANVISA, da CMED, do SINDUSFARMA, da ABRASP, da ABIQUIFI e da ASCENE.
A Deputada Carmen Zanotto, autora do requerimento para a realização da audiência, informou sobre o desabastecimento de diversos medicamentos básicos, como soro fisiológico, dipirona, antibióticos e também a comercialização com preços elevados. Segundo Zanotto, a Associação Brasileira dos Centros de Diálise e Transplantes (ABCDT) teria notificado o Ministério da Saúde (MS) sobre a falta de frascos de soro fisiológico, insumo necessário para o tratamento de diálise.
Segundo a Deputada, entre os motivos para o desabastecimento estariam os problemas no fornecimento pelo Ministério da Saúde e dificuldades de importação de insumos por causa da guerra na Ucrânia, do lockdown na China e dos movimentos de protesto de funcionários em portos e aeroportos.
A parlamentar ainda informou sobre o alerta dos gestores sobre a necessidade de interromper tratamentos e adiar cirurgias. Também citou a importância do Dipirona, que é uma dos antitérmicos mais utilizados por via intravenosa, além de ser extremamente efetivo na rotina hospitalar no manejo de dor e febre.
O requerimento apresentado pela Deputada cita que a produção de dipirona injetável seria inviável, em razão da alta dos insumos, que são 100% importados. Dessa forma, o preço final da produção fica mais caro que o valor comercializado. Enquanto em uma ponta há a preocupação com o desabastecimento, na outra, a indústria farmacêutica estaria desistindo de produzir o remédio em decorrência da alta dos preços dos insumos.
O debate será realizado no plenário 7, e poderá ser acompanhado ao vivo pelo edemocracia.camara.leg.br .
Foto: Cofen