O Presidente da Associação de Hospitais do Estado de Santa (AHESC), Maurício Souto-Maior, e a Presidente da Federação das Santas Casas, Hospitais e Entidades Filantrópicas do Estado de Santa Catarina (FEHOSC), Ir. Neusa L. Luiz, acompanhados do Diretor Executivo das entidades, Leonardo Augusto Fretta, se reuniram com o Secretário de Estado da Saúde, Aldo Baptista Neto e com o Secretário Adjunto, Alexandre Lencina Fagundes, nesta quarta-feira (10/08), para expor o Movimento realizado pela Confederação das Santas Casas, Hospitais e Entidades Filantrópicas (CMB) e Federação Brasileira de Hospitais (FBH) com apoio das entidades AHESC-FEHOSC e demais entidades do setor, que demonstram preocupação com a decisão de instituir o piso salarial dos enfermeiros, técnicos e parteiros aprovado na última quinta-feira (04/08) sem uma fonte de financiamento para cobrir os custos gerados pela Lei. As principais inquietações dizem respeito ao impacto financeiro e orçamentário imposto pelo projeto de lei.
Na oportunidade, os presidentes informaram à SES o impacto total gerado pelo aumento dos salários, que é superior a R$ 16 bilhões/ano, sendo R$ 6,3 bilhões para hospitais filantrópicos que prestam serviços ao SUS no Brasil e R$ 500 milhões somente para os hospitais filantrópicos de Santa Catarina.
As entidades AHESC-FEHOSC destacaram a angústia dos gestores hospitalares, que não sabem como irão manter seus hospitais de portas abertas, reforçando que a Lei coloca em risco a sustentabilidade do setor filantrópico e, consequentemente, do SUS, pois este segmento é responsável por 70% do volume assistencial da alta Complexidade e 51% da média complexidade do país. Portanto, sem uma política consistente para subsidiar esse impacto, estará diante de uma grave redução da assistência no Brasil, com o possível fechamento de leitos e unidades hospitalares, além da retração dos postos de trabalho, já que muitos hospitais precisarão readequar suas equipes para realizar o equilíbrio financeiro necessário para o cumprimento da lei.
A AHESC e a FEHOSC reforçam que respeitam a classe da enfermagem e concordam com a necessidade de valorização da categoria, se colocando à disposição ao diálogo e apoio em busca de soluções para que a lei seja cumprida de maneira sustentável e que garanta o atendimento à população catarinense.
Ao final da reunião, os presidentes realizaram a entrega de um ofício ao Secretário da Saúde com todas as informações detalhadas sobre o movimento do setor.
