AHESC-FEHOSC participam de reunião com Secretário da Saúde para tratar de Ações Emergenciais em meio a pandemia

Entidades AHESC-FEHOSC, representadas pelos seus diretores, Izabel Casarin e  Márcio Sottana, respectivamente, participaram da reunião com o secretário da Saúde, André Motta Ribeiro, nesta terça-feira (25/05) na SES, para tratar sobre o planejamento de ações que envolvem o setor hospitalar em meio a pandemia causada pela Covid-19. O objetivo da reunião foi pactuar ações emergenciais para a provável terceira onda da doença, como fortalecimento da rede hospitalar, insumos, medicamentos, entre outras necessidades. O encontro também contou com a presença de outras entidades hospitalares, do Ministério Público, Ministério da Saúde, Tribunal de Contas e do COSEMS/SC.

O secretário da Saúde, André Motta Ribeiro, explanou sobre as ações realizadas pelo governo no combate a pandemia que dura 15 meses e já levou a óbito cerca de 15 mil catarinenses, ressaltando também a preocupação com o número de leitos de UTI, que antes da pandemia era de 548, e que hoje é de 1.550. Onde, mesmo com esse aumento significativo, não é suficiente para o provável pico da terceira onda da doença, que prevê ser pior que a segunda. “A taxa de ocupação de leitos de terapia intensiva está acima de 90% em diversas regiões do estado e a velocidade de contaminação é a nossa grande preocupação. Por isso, precisamos ofertar mais serviços, criar critérios mais rígidos, ampliar a oferta de leitos de UTI, insumos, equipamentos, além de profissionais da área. Tudo isso de forma estruturada, rápida e eficiente para bem atender a sociedade”, completa.

O secretário destacou a necessidade de uma ação conjunta envolvendo órgãos e sociedade, destacando a necessidade de revisão da política hospitalar e de normas de legalidade que tem tornado o processo mais lento, como também a conscientização da sociedade, que em grande parte tem frequentado ambientes de aglomeração, principalmente nos fins de semana.

A representante da AHESC, Izabel Casarin, ressaltou a necessidade de mais insumos e a grande dificuldade com a contratação de profissionais. “Estamos com falta de insumos essenciais, além de sofrermos com a insuficiência do contingente de enfermagem, que tem gerado um impacto considerável no pagamento de horas extras. Fatores que dificultam muito a abertura de novos leitos”, aponta.  Outra questão abordada por Casarin é a fila extensa de cirurgias oncológicas que também  dificulta a retomada das cirurgias eletivas. “Precisamos buscar um entendimento, pois se realmente essa 3ª onda vier nessa intensidade, chegaremos ao caos. Vamos sentar com as entidades e levantar os quantitativos”, finaliza.

Em sua fala, o diretor da FEHOSC, Márcio Sottana, relatou sobre as maiores dificuldades enfrentadas pelos hospitais. “Atualmente não é só a UTI que gera déficit no hospital, a estrutura como um todo ficou muito onerosa, a exemplo dos preços de medicamentos que sofreram aumento de até 500%”, ressalta. O diretor citou a importância de se pensar numa forma de trabalho entre as três esferas para que, com a regionalização, se alcance respostas e ações efetivas de melhoria.  

Em relação aos insumos, Márcio destacou a complexidade da logística, já que enquanto uns hospitais possuem medicamentos para dois dias, outros para trinta dias. Outro ponto abordado foi a sugestão de revisão da política hospitalar com agilidade, para que se consiga manter os hospitais com os leitos abertos nesse período. Destacou também a necessidade de uma segurança de recebimento dos recursos e a falta de profissionais no mercado.

Em resposta, o secretário da Saúde informou que as organizações possuem responsabilidades compartilhadas, fazendo um apelo às entidades de hospitais filantrópicos para que trabalhem no levantamento e organização do fluxo de medicamentos na rede filantrópica, com o objetivo de diminuir a desigualdade entre a quantidade de insumos dos filantrópicos. Sobre as habilitações, a SES vai buscar a habilitação para todos os leitos sempre buscando garantir o teto da política e recursos para leitos UTI. “Nós não trabalhamos com pagamento adiantado, mas eventualmente vamos precisar rever essa política em alguns casos”, enaltece.

O secretário sugeriu criar uma agenda entre a SES, prestadores e o Tribunal de Contas para discussão e busca de alternativas viáveis e legais. Também propôs a criação de dois grupos de trabalho: o primeiro para discutir questões de RH, e o segundo para discutir estrutura, insumos e equipamentos em busca de organizar as ações. 

Entidades se reúnem novamente na SES para discutir melhorias e estratégias diante da possível 3ª onda da COVID-19

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