O presidente da AHESC, Altamiro Bittencourt, e a presidente da FEHOSC, Irmã Neusa Luiz participaram da reunião realizada pelo secretário da Saúde, André Motta, nesta segunda-feira (07/06), na SES. O encontro tratou sobre as mudanças necessárias para a melhoria da Política Hospitalar Catarinense. Também participaram da reunião o representante do Ministério da Saúde, do COSEMS, da FEHOESC e integrantes da equipe técnica da SES.
Ao iniciar a reunião, o secretário da Saúde citou o investimento de R$ 300 milhões de reais na Política Hospitalar Catarinense durante a pandemia, equivalente a três vezes mais do investimento realizado no ano anterior à Covid-19. O investimento beneficiou 160 hospitais, mas muitos ficaram sem receber os repasses, devido a limitação do orçamento e os critérios usados na avaliação. O Secretário falou sobre a sua preocupação em criar uma comunicação efetiva com soluções rápidas por meio da participação dos hospitais na construção dos ajustes da Política Hospitalar por meio de apontamentos e sugestões em busca de atender as reais necessidades do setor.
O presidente da AHESC, Altamiro Bittencourt, fez um elogio a atual Política Hospitalar, falou da importância das cirurgias eletivas, da necessidade de debater a Saúde Mental e destacou o estudo realizado pelas entidades AHESC-FEHOSC com o levantamento das principais necessidades do setor hospitalar. “Para nós, essa foi uma das melhores políticas, que abrange quase todos os hospitais e insere os gestores nas discussões. Logicamente precisa de correções e para isso estamos aqui participando dessa construção. Os hospitais precisam realizar as cirurgias, pelo bem da população, por isso a necessidade de um caminho único para definirmos a Saúde”, enaltece. O presidente também citou o levantamento realizado pelas duas entidades junto aos gestores hospitalares contendo as principais demandas das unidades, com o intuito de apresentar à SES na próxima reunião.
De acordo com o secretário, há necessidade de rever os critérios da Política Hospitalar de Saúde Mental; Obstetrícia; UTIs com Vocação para Doenças Infectocontagiosas e Terapia Renal Substitutiva; e Cirurgias Eletivas. O objetivo é regionalizar os atendimentos nas 16 regiões existentes e trabalhar em paralelo com o vocacionamento para ofertar o máximo possível de serviços nas regiões. “Quando valora-se serviço e cria porte, conseguimos vocacionar”, ressalta.
A presidente da FEHOSC, Ir. Neusa L. Luiz destacou a relevância do estudo que está sendo realizado pelas entidades, através do grupo de trabalho da PHC, com levantamentos pertinentes de dados junto aos gestores de cada unidade. “Estamos estudando a PHC, fazendo levantamento de dados junto aos gestores para compreender e melhorar o atendimento dos hospitais. Queremos estar somando com dados concretos e com o levantamento de propostas, auxiliando na integração também dos 34 hospitais que ficaram de fora da política ”, enaltece. Ao finalizar sua fala, a Irmã Neusa destacou a dificuldade dos hospitais em cumprir com exigências do CRM, referentes a plantão presencial de anestesista, obstetras, pediátricos, entre outros e na contratação de profissionais para a ala psiquiátrica, o que reforça a necessidade de rever as exigências.
A próxima reunião prevista para a semana que vem na SES, deve contar com a presença de um grupo formado pelas entidades hospitalares e a equipe técnica da SES para a efetivação dos ajustes, sendo que o mês previsto para aprovação da reforma da Política Hospitalar é julho. O secretário reforçou que, com a aprovação da reforma, os hospitais deverão proceder com a recontratualização até o fim do ano.
As entidades aproveitaram a ocasião para convidar os presentes para participar da reunião online nesta terça-feira (08/06), com o grupo estratégico formado por diretores da AHESC-FEHOSC, que também irá discutir a Política Hospitalar Catarinense. O superintendente do Ministério da Saúde, Rogério Ribeiro, e a superintendente de Planejamento em Saúde da SES, Carmem Regina Delziovo, confirmaram presença.