A Associação Associação de Hospitais do Estado de Santa Catarina (AHESC) e a Federação das Santas Casas, Hospitais e Entidades Filantrópicas do Estado de Santa Catarina (FEHOSC) divulgam o alerta emitido pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE/SC), publicado na última quinta-feira (28/07) às Unidades de Saúde que prestam atendimento às Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST), quanto a vigilância e detecção de casos suspeitos de Monkeypox em Santa Catarina.
Atualmente, vários países têm notificado casos de Monkeypox, com relatos de manifestações não usuais, como a ocorrência de lesões em genitália semelhante à IST, o que tem levado à procura de serviços e profissionais que atendem estas infecções.
O Monkeypox pode se espalhar para qualquer pessoa por meio de contato próximo, pessoal, muitas vezes pele a pele, incluindo:
• Contato direto com erupção cutânea, feridas ou crostas das lesões;
• Contato com objetos, tecidos (roupas, roupas de cama ou toalhas) e superfícies que foram usadas por alguém com a infecção;
• Através de gotículas respiratórias ou fluidos orais de uma pessoa infectada. Esse contato pode acontecer durante o contato sexual íntimo;
• Abraçar, massagear, beijar ou conversar próximo da pessoa infectada;
• Tocar tecidos e objetos durante o sexo que foram usados por uma pessoa infectada, como roupas de cama, toalhas e brinquedos sexuais.
O vírus pode se espalhar em fluidos ou secreções de feridas de pessoas que estão com a infecção, sendo que permanece em investigação a possibilidade do vírus estar presente em outros fluidos corporais como sêmen e fluidos vaginais.
Diante do cenário de transmissão da doença, a Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE/SC) alerta os profissionais de saúde que trabalham em unidades de saúde que realizam atendimento das IST, que fiquem atentos a casos suspeitos da doença, considerando as manifestações não usuais da Monkeypox.
No caso de sintomas, como febre alta e súbita, dor de cabeça, aparecimento de gânglio (inchaços popularmente conhecidos como ínguas), náuseas, cansaço, feridas ou lesões no corpo, os usuários podem buscar o serviço de saúde, momento no qual deve ser investigado a possibilidade de se tratar de um caso suspeito de Monkeypox. Todos os casos suspeitos identificados pelos serviços de saúde devem ser COMUNICADOS DE FORMA IMEDIATA, em até 24h, à vigilância epidemiológica municipal e/ou CIEVS Municipal, à Unidade Descentralizada de Vigilância Epidemiológica (UDVE) e ao CIEVS Estadual (monkeypox.sc@gmail.com).
Os atendimentos realizados em hospitais que tenham Núcleos Hospitalares de Epidemiologia, também devem ser comunicados à RENAVEH/SC (renavehsc@gmail.com). Informações adicionais referentes ao manejo, coleta de exames para diagnóstico e à notificação podem ser consultadas na Nota de Alerta nº 11/2022 – CIEVS/DIVE/LACEN/SUV/SES/SC.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou a Monkeypox como Emergência Mundial em Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII).